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Roberto Jefferson diz que imprensa o faz prisioneiro

Adriano Barcelos



RIO – O ex-deputado federal e delator do escândalo do mensalão, Roberto Jefferson (PTB), pediu na manhã deste sábado que os jornalistas de plantão diante da casa dele em Comendador Levy Gasparian (RJ) que deixem o local. Há um mês a imprensa faz vigília diante da casa do ex-deputado, que ainda espera uma definição sobre sua prisão por conta do julgamento do mensalão. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro além de multa, Jefferson pleiteia direito a prisão domiciliar por conta de seu estado de saúde – decisão que deverá ser tomada pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, a partir de manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Aos jornalistas que estavam de plantão, Jefferson disse estar "cansado". "Vocês estão há um mês me fazendo de prisioneiro. Cansei, quero que vocês saiam. Isso aqui é um condomínio familiar. Eu tenho ainda poucos momentos, não sei o que virá", afirmou.
Jefferson refere como "condomínio familiar" um conjunto de casas que pertencem à família da mulher dele em Comendador Levy Gasparian. As casas estão divididas por uma rua sem saída, mas não há cancelas ou qualquer indicativo de que a rua onde a imprensa está instalada integre uma propriedade privada ou sujeita a qualquer restrição ao livre acesso. Segundo a assessoria de imprensa do ex-deputado, não há informação de que o delator do escândalo vá tomar alguma medida pela retirada. Ele teria apenas pedido "compreensão", uma vez que a presença dos jornalistas – em especial dos fotógrafos – restringe sua circulação. Ele costumava passear com sua motocicleta Harley Davidson, o que não tem conseguido fazer desde o início do plantão. Seus exercícios físicos diários também teriam tido sua programação alterada, para evitar a exposição de Jefferson às lentes das câmeras.

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