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Agropecuária e serviço puxam alta do PIB no Ceará

Diferentemente do que ocorre no Brasil, a economia cearense se expande e deixa o governo estadual otimista, prevendo um crescimento de 4% para este ano.
A estimativa é de técnicos do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que apresentaram ontem os indicadores do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2014. O Estado já está com a taxa anual do PIB acumulada em 3,49%. Segundo o levantamento do Ipece, a atividade econômica do Ceará registrou alta de 3,04% de abril a junho, na comparação com igual período do ano passado, e superou a média nacional pelo 17º trimestre consecutivo. Mesmo assim, esse incremento foi inferior ao verificado de maio a junho de 2013, frente ao se segundo trimestre de 2012, em que a taxa registrada pelo Ipece foi de 3,95%.

Setores

O avanço no segundo trimestre de 2014 se deve ao bom desempenho da agropecuária e dos serviços, que tiveram alta de 52,6% e 3%, respectivamente. Por outro lado, seguindo uma tendência nacional, a indústria cearense apresentou queda de 4,20%. A indústria de transformação e a construção civil, que cresceram 0,8% e 3,43% no primeiro trimestre deste ano, respectivamente, agora caíram 5,04 e 5,47%. A atividade econômica da extrativa mineral, que recuou 19,87% de janeiro a março deste ano, seguiu em baixa de maio a junho, com redução de 18,77%. Apenas a área de eletricidade, gás e água obteve alta de 1,10%

Contribuição

Apesar da seca pelo terceiro ano consecutivo, segundo o Ipece, as chuvas que caíram durante os três primeiros meses de 2014 foram suficientes para aumentar a produção de grãos no Estado, com destaque para o arroz, o feijão e o milho. Quanto à produção de frutas, as estimativas para o segundo trimestre apresentaram pequenas variações. Isso porque é uma atividade menos dependente das chuvas devido à irrigação e concentra as colheitas no segundo semestre.

Serviços

Todos os segmentos que integram o setor de serviços, que hoje é responsável por 73% do PIB cearense, fecharam o segundo trimestre com alta. Comércio (5,24%) e alojamento e alimentação (9,43%) puxaram o crescimento, seguidos dos transportes (1,92%), intermediação financeira (3,49%), administração pública (1,36) e outros serviços (2,75%). O desempenho do setor de abril a junho (3%), porém, foi menor que o verificado no primeiro trimestre (4%).

Conforme analisa o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, a Copa do Mundo privilegiou os serviços e atrapalhou a indústria, que já sofre com a falta de competitividade e produziu menos no segundo trimestre. Ele acredita que, até o fim deste ano, o setor vai se recuperar. Mesmo com a desaceleração econômica na indústria, Ataliba destaca o desempenho do Ceará frente à média do Brasil, que vem sendo melhor desde 2008. Para ele, o incremento no PIB cearense está diretamente ligado à evolução dos investimentos públicos nos últimos anos. "De 2017 a 2013, o governo aplicou R$ 16,8 bilhões, deixando o Ceará na quarta posição entre os estados com o maior volume de investimentos, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro".

Fonte: Diário do Nordeste

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