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Sul-coreanos: 1,3 mil autorizados a trabalhar no CE

Conforme o MTE, a Coreia do Sul, desde 2012, é o país que mais tem enviado cidadãos para atuar no Estado

Quando foi fincada a primeira estaca da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), simbolizando o início das obras do empreendimento, em julho de 2012, o governador Cid Gomes comemorou a parceria com os asiáticos e afirmou que o coreano se tornaria a "língua número dois" de São Gonçalo do Amarante, município que abriga a usina. De fato, esta previsão já se tornou realidade. Daquele ano até junho de 2014, 1.361 sul-coreanos tiveram autorizações concedidas para trabalharem no Ceará.

Os dados, divulgados pela coordenação de imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que a Coreia do Sul, desde 2012, é o país que mais tem enviado cidadãos para trabalho no Estado, superando Itália, Espanha e Portugal, países que historicamente lideravam esse ranking. A vinda maciça de sul-coreanos está diretamente ligada às obras da CSP, que é uma joint-venture formada pela brasileira Vale e duas empresas daquele país: Dongkuk e Posco.
Antes de 2012, a Coreia do Sul sequer figurava entre as 10 nações que mais enviavam trabalhadores ao Ceará. Já em 2012, foram 297 sul-coreanos que tiveram autorização concedida, número que saltou para 667 no ano passado. Nos seis primeiros meses deste ano, conforme o último levantamento divulgado do MTE, foram 397, cerca de 60% da quantidade registrada em todo o ano de 2013.

O número de sul-coreanos, no primeiro semestre deste ano, representa 65% de todos os estrangeiros autorizados a trabalhar no Ceará, que somaram 608. Segundo lugar nessa lista, a Itália aparece com 60 trabalhadores, seguida de Portugal, com 53, e Espanha, com 32.

Ranking

A grande chegada de sul-coreanos faz com que o estado do Ceará seja, nos seis primeiros meses do ano, o quarto estado do País com o maior número de autorizações de trabalho estrangeiro concedidas. O ranking é liderado pelo Rio de Janeiro, com 9.754 autorizações, seguido de São Paulo, com 6.909, e Minas Gerais, com 828.
A tendência é de que o número de trabalhadores da Coreia do Sul seja ainda maior ao longo deste e do próximo ano, à medida em que as obras da CSP vão se intensificando. Para o pico de construção da obra, são previstos 23 mil empregos diretos e indiretos. Na fase de operação, o número deve chegar a quatro mil contratações diretas e outros 10 mil empregos indiretos.

Trabalhadores

De acordo com a assessoria de imprensa da Posco, responsável pela obras da CSP, 828 sul-coreanos atuam na construção do empreendimento, de um total de 9.683 trabalhadores envolvidos, atualmente, na obra.

"O coreanos ocupam cargos de gerência e/ou são engenheiros e técnicos que possuem experiência e tecnologia para construir uma usina siderúrgica integrada, tecnologia a qual o Brasil ainda não domina plenamente", destaca a assessoria da Posco, acrescentando que "não há previsão sobre a contratação de outros coreanos".

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, dos 608 estrangeiros que tiveram seu trabalho autorizado no Ceará, a maioria, com 388 casos, veio na situação de especialista com vínculo empregatício. Outros 108 são investidores pessoa física; 73, sem vínculo empregatício, estão em áreas de assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia.
Há ainda 22 que vieram como administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão e concomitância, 13 estrangeiros na condição de artista ou desportista, sem vínculo empregatício, e mais quatro e outras situações.
O Ministério informa ainda que o Ceará foi o terceiro estado, no último semestre, com o maior número de autorizações de trabalho permanente, somando 132 no total. Para trabalho temporário com contrato de até dois anos, o Estado também fica em terceiro no ranking brasileiro, com 388 casos.

Estado é o segundo em investimento estrangeiro

O volume de investimentos efetuado por estrangeiros pessoa física no Ceará caiu nos seis primeiros meses de 2014, em comparação com igual período de 2013, passando de R$ 27,6 milhões para R$ 24,3 milhões, uma redução de 12%. Apesar da queda, o Ceará se coloca como o estado com o segundo maior aporte financeiro proveniente de investidores de outros países.
No primeiro semestre de 2013, o Ceará liderava este ranking, com R$ 2,62 milhões acima do volume registrado em São Paulo. Contudo, ao longo do segundo semestre de 2013, o estado paulista recebeu investimentos estrangeiros em maior intensidade e fechou com R$ 62,8 milhões, contra R$ 51,0 milhões do Ceará. Já de janeiro a junho, São Paulo disparou na frente, com R$ 37,7 milhões.

No último semestre, o Ceará também era o segundo estado com maior número de estrangeiros investidores pessoa física em atividade produtiva, 108 ao todo. A maior parte dos investimentos estrangeiros no Brasil veio de italianos, que somaram R$ 34,3 milhões do total de R$ 128,5 milhões.

Fonte: Diário do Nordeste

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