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José Guimarães é denunciado por lavagem de dinheiro ao STF


O líder da minoria na Câmara dos Deputados e ex-líder do governo Dilma Rousseff, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) foi denunciado pelo procurador-geral da república Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele foi acusado por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Janot pede que Guimarães seja condenado e perca o mandato parlamentar.
Foi a partir da delação premiada do ex-vereador do PT Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, que o inquérito surgiu. O delator também foi denunciado pelos mesmos crimes, e Janot pede que os dois devolvam R$ 1 milhão aos cofres públicos, por conta dos valores desviados. Além disso, que eles sejam condenados a uma indenização para reparar os danos materiais e morais de mais R$ 1 milhão.
Conforme a denúncia, em 2011, José Guimarães teria aceitado propina de R$ 97.761, de valores provenientes de financiamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) a um empreendimento da empreiteira Engevix, na área de energia. O deputado teria atuado para o contrato para a empresa ficasse garantido.
Denúncia
A denúncia foi apresentada no último dia 5 de dezembro e o relator do inquérito, o ministro Luiz Edson Fachin, determinou na última sexta-feira (16) que os acusados ofereçam resposta em quinze dias, que não inclui os dias do recesso. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (20).
O relator do inquérito também enviou suspeitas para a Justiça Federal do Ceará contra o presidente do BNB e José Antunes Sobrinho e Gerson Almada, executivos da Engevix, que estariam envolvidos com irregularidades.
Guimarães intermediou o contato de Alexandre Romano, que representou a Engevix, com Roberto Smith, que era presidente do BNB na época, segundo a procuradoria. Era um contrato de R$ 260 milhões para uma usina eólica ser construída na Bahia. Segundo a denúncia, o deputado cearense dava apoio político ao ex-presidente do BNB no cargo.
Alexandre Romano teria recebido R$ 1 milhão de comissão por sua atuação, mediante contratos fictícios de prestação de serviços de advocacia a empresas ligadas a Engevix. De acordo com Janor, teria sido pago como propina a Guimarães um percentual desse dinheiro.
Segundo o documento, o valor de R$ 97.761 foi pago por meio de dois cheques, compensados no mês de setembro do ano de 2011, em favor do escritório Bottini e Tamasauskas Advogados, do advogado criminalista Pierpaolo Bottini e Samab Companhia Indústria e Comércio de Papel.

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