O grupo terrorista Estado Islâmico, pela primeira vez em sua história, ameaçou a China. No vídeo, feito por extremistas da organização terrorista, o retrato do presidente Xi Jinping é convertido em uma corrente de chamas, seguido por ameaças da facção terrorista à China de derramar “rios de sangue”.
Separatistas uigures são apoiados pelo Estado Islâmico. Entre 100 e 300 uigures foram para a guerra no Iraque e na Síria.
Não é excluída a possibilidade de que a marcha dos islamitas seja um desanuviamento internacional ao dar origem à aproximação entre os Estados Unidos de Donald Trump e as autoridades chinesas pela luta comum contra a ameaça islamita.
Islamistas em plantações de bambu
As tensões entre Pequim e islamistas muitas vezes escapam da atenção da imprensa. No entanto, durante as duas últimas décadas, a China afirma estar sendo atacada por terroristas e reclama que seus esforços na luta contra os muçulmanos radicais são subestimados. Um viveiro de confrontos entre modelo comunista e o modo de vida islâmico deu origem à região autônoma de Xinjiang Uygur da China. Pequim insiste que os moradores seguem as regras de habitação coletiva mundana no sentido estrito da palavra: não comemorar publicamente feriados religiosos, não vender álcool e tabaco em lojas. E afirma que grupos separatistas uigures têm ligações com Al-Qaeda.
As declarações de autoridades chinesas foram muitas vezes questionadas por analistas norte-americanos. No entanto, em 2016, o pesquisador Nate Rosenblatt em seu estudo "O que os arquivos do Estado Islâmico falam de seus combatentes" relatou que há cerca de cem militantes uigures do Estado Islâmico. Pequim insiste que há pelo menos três vezes mais cidadãos chineses na Síria. O novo vídeo dos islamitas confirma esta informação: ele mostra os islamitas uigures que treinam em suas casas, bem como na Síria e preparam-se para atacar a China.
Ameaças dos islamistas vieram em época propícia. Após uma série de ataques brutais contra a China, Washington confirmou a intenção de reforçar os laços bilaterais. China e EUA têm excepcionalmente pouca agenda política comum, mas a oposição ao terrorismo internacional é postura de ambas as partes.
‘Vocês que não ouvem'
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que uigures aparecem em vídeos do grupo terrorista. Em 2015, islamitas publicaram o vídeo "lutador mais velho", que mostra um uigur de 80 anos de idade pronto para lutar por uma interpretação radical do Alcorão. Ao mesmo tempo, o Estado Islâmico chamou — no idioma uigur — todos os mulçumanos da China para se juntar à guerra na Síria. No entanto, parece que o vídeo atual não tenha sido promovido por chineses, pois o idioma utilizado no vídeo trata-se do árabe e não do uigur.
O destinatário desta mensagem só pode ser as autoridades chinesas, que precisarão avaliar o estilo empolado dos islamitas: "Ei, vocês, chineses que não entendem o que as pessoas dizem. Nós — os soldados do Califado — vamos atrás de vocês. Vamos explicar para vocês no idioma das armas. Derramaremos rios de sangue para vingar os oprimidos".
De acordo com evidências indiretas, Pequim não atribui grande importância a este apelo. Em resposta à questão do correspondente da "Reuters", o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China disse não saber nada sobre o vídeo, reforçando que a única resposta que pode ser dada é que a nação chinesa condena o terrorismo.
As tensões entre Pequim e islamistas muitas vezes escapam da atenção da imprensa. No entanto, durante as duas últimas décadas, a China afirma estar sendo atacada por terroristas e reclama que seus esforços na luta contra os muçulmanos radicais são subestimados. Um viveiro de confrontos entre modelo comunista e o modo de vida islâmico deu origem à região autônoma de Xinjiang Uygur da China. Pequim insiste que os moradores seguem as regras de habitação coletiva mundana no sentido estrito da palavra: não comemorar publicamente feriados religiosos, não vender álcool e tabaco em lojas. E afirma que grupos separatistas uigures têm ligações com Al-Qaeda.
As declarações de autoridades chinesas foram muitas vezes questionadas por analistas norte-americanos. No entanto, em 2016, o pesquisador Nate Rosenblatt em seu estudo "O que os arquivos do Estado Islâmico falam de seus combatentes" relatou que há cerca de cem militantes uigures do Estado Islâmico. Pequim insiste que há pelo menos três vezes mais cidadãos chineses na Síria. O novo vídeo dos islamitas confirma esta informação: ele mostra os islamitas uigures que treinam em suas casas, bem como na Síria e preparam-se para atacar a China.
Ameaças dos islamistas vieram em época propícia. Após uma série de ataques brutais contra a China, Washington confirmou a intenção de reforçar os laços bilaterais. China e EUA têm excepcionalmente pouca agenda política comum, mas a oposição ao terrorismo internacional é postura de ambas as partes.
‘Vocês que não ouvem'
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que uigures aparecem em vídeos do grupo terrorista. Em 2015, islamitas publicaram o vídeo "lutador mais velho", que mostra um uigur de 80 anos de idade pronto para lutar por uma interpretação radical do Alcorão. Ao mesmo tempo, o Estado Islâmico chamou — no idioma uigur — todos os mulçumanos da China para se juntar à guerra na Síria. No entanto, parece que o vídeo atual não tenha sido promovido por chineses, pois o idioma utilizado no vídeo trata-se do árabe e não do uigur.
O destinatário desta mensagem só pode ser as autoridades chinesas, que precisarão avaliar o estilo empolado dos islamitas: "Ei, vocês, chineses que não entendem o que as pessoas dizem. Nós — os soldados do Califado — vamos atrás de vocês. Vamos explicar para vocês no idioma das armas. Derramaremos rios de sangue para vingar os oprimidos".
De acordo com evidências indiretas, Pequim não atribui grande importância a este apelo. Em resposta à questão do correspondente da "Reuters", o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China disse não saber nada sobre o vídeo, reforçando que a única resposta que pode ser dada é que a nação chinesa condena o terrorismo.
Estado Islâmico sem o Iraque e o Levante
O ataque inesperado dos islamitas em relação a um dos inimigos mais distantes, que não diretamente age no Oriente Médio, veio no momento em que as posições do grupo claramente sofrem muitas perdas. Em 1º de março, o califa autoproclamado Ibrahim I (conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi, no passaporte — Ibrahim Al-Badri) anunciou que seus seguidores só podem "correr e se esconder." Ao mesmo tempo, as tropas turcas conseguiram tomar a cidade de Al-Bab, e as sírias, com a ajuda de aviação russa — recuperar Palmira.
Todavia, é incerto o motivo das ameaças do Estado Islâmico à China. Mas uma coisa é óbvia: islamitas mais uma vez chamaram a atenção. (Sputnik Brasil)
O ataque inesperado dos islamitas em relação a um dos inimigos mais distantes, que não diretamente age no Oriente Médio, veio no momento em que as posições do grupo claramente sofrem muitas perdas. Em 1º de março, o califa autoproclamado Ibrahim I (conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi, no passaporte — Ibrahim Al-Badri) anunciou que seus seguidores só podem "correr e se esconder." Ao mesmo tempo, as tropas turcas conseguiram tomar a cidade de Al-Bab, e as sírias, com a ajuda de aviação russa — recuperar Palmira.
Todavia, é incerto o motivo das ameaças do Estado Islâmico à China. Mas uma coisa é óbvia: islamitas mais uma vez chamaram a atenção. (Sputnik Brasil)
Fonte:Noticias ao minuto
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