Fonte: G1/ Campinas |
Os pais registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil. Segundo o relato, ela começou a chorar quando viu a foto do professor e confessou que ele teria passado a mão em suas partes íntimas enquanto ela brincava com outras crianças em um pula-pula no pátio da igreja em agosto.
As outras oito vítimas foram apontadas pelo próprio professor durante depoimento após a prisão. Segundo Fernando Ramon Petrucelli Moralez, delegado titular de Amparo, a Polícia Civil não descarta a possibilidade de aparecimento de novas vítimas durante as investigações.
“Esse número [de vítimas] ainda não está fechado. Acreditamos que pode haver mais e as investigações prosseguem para identificar outras novas vítimas”.
Moralez apontou um possível perfil das vítimas, já que todas são do gênero feminino e têm até 12 anos de idade. “Ele se aproveitava da facilidade que tinha de acesso às vítimas, da confiança dos pais, da instituição e do cargo dele”.
Denúncia veio dos pais
O delegado contou que o primeiro registro da série de estupros chegou através dos pais de uma das vítimas. Eles haviam sido comunicados pelo pastor da instituição, após o mesmo receber uma confissão do professor, e não quiseram esperar que o líder religioso fizesse uma denúncia por escrito.
“Ele provavelmente não estava aguentando internamente, acabou confessando para o pastor da igreja e os pais vieram a tomar conhecimento posteriormente”, afirmou Moralez.
As outras vítimas devem ser ouvidas ainda nesta semana, através de depoimentos dos pais. “Existe um procedimento especial em que elas são ouvidas indiretamente através dos familiares e posteriormente em juízo, somente uma vez, com a presença de psicólogo e assistente social”, explicou.
Professor atuava em evangelização
Marcos Bueno Ribeiro atuava na evangelização de crianças e adolescentes na 1ª Igreja Baptista de Amparo. Dos oito estupros confessados por ele, seis teriam ocorrido dentro do templo, e dois casos em um retiro.
De acordo com a Polícia Civil, Ribeiro praticava os crimes há pelo menos três anos. Preso preventivamente por 30 dias, o acusado foi encaminhado para a cadeia de Serra Negra (SP).
Em nota, a 1ª Igreja Batista de Amparo confirmou que o suspeito era membro da comunidade, e disse que “colabora com a Justiça e cumpre seu papel de dar apoio às famílias e vítimas, e também à família do acusado”.
O pastor também reforçou que o suspeito admitiu os crimes, e lembrou que as aulas eram ministradas por ele junto com a mulher. Ele preferiu não gravar entrevista e também não quis mencionar detalhes sobre como ocorreram os abusos na igreja localizada no Jardim Itália.
Fonte: G1/ Campinas
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