Duas presas com idade média de 30 anos foram descobertas divulgando imagens de fotos sensuais clicadas dentro de suas próprias celas na Cadeia Pública de Guarapuava, no interior do Paraná. A informação foi confirmada ao iG por Altemir Antônio do Nascimento, chefe do presídio voltado apenas para prisões provisórias, onde atualmente 294 pessoas, entre homens e mulheres, estão encarcerados.
As dezenas de imagens, nas quais as detentas posam de lingerie e até sem sutiã, foram descobertas por meio de uma investigação interna encerrada no último mês de abril. Ela foi iniciada após denúncias feitas em janeiro de que as imagens estavam sendo clicadas da cadeia.
"Tínhamos a desconfiança. Assim, passamos a monitorar as possíveis culpadas, criamos uma página no Facebook, as adicionamos e elas caíram na armadilha", recorda Nascimento. "Recuperamos o celular e aplicamos sanção de falta grave, o que as impediu de receberem alimentos e visitas ao longo de 30 dias, como diz a Lei de Execução Penal. Elas também foram marcadas por mau comportamento, o que deve prejudicá-las para na progressão do regime."
As duas mulheres foram presas por tráfico de drogas e dividiam a mesma cela, na qual mantinham o celular que compartilhavam. Segundo o chefe da cadeia, apesar da proibição de telefones móveis, a entrada desses aparelhos é frequente no local: somente de janeiro a julho, 77 celulares enviados para presos foram encontrados por funcionários antes de eles serem entregues a seus destinatários.
"A cadeia fica em um lugar central, então as pessoas de fora os arremessam para dentro do pátio, por cima do muro mesmo", conta ele, que vê graça no motivo pelo qualque levou as jovens a divulgaram imagens que as prejudicariam. "Elas declararam que foi uma atitude impensada. Achavam que não ia acarretar em nada e as postaram para se exibir."
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