A presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) votou neste domingo às 8h45 na Escola Estadual Santos Dumont, na Zona Sul de Porto Alegre. Pouco antes, fez um balanço da campanha eleitoral – e disse que a corrida teve momentos “lamentáveis”. Ainda assim, a presidente acredita que houve oportunidade para o “debate sadio”.
Depois de fazer campanha na ofensiva e ultrapassar limites em ataques a adversários, a presidente afirmou: “Foi uma campanha diferente. Tivemos uma morte, reviravoltas. Teve momentos em que o nível não foi muito alto, mas eu não diria que o baixo nível prevaleceu. Eu acho que teve momentos lamentáveis. Eu acredito que isso foi rejeitado pela população. Acho que a campanha teve oportunidades de confrontar opiniões e fazer um debate sadio”. Dilma também convocou a população a comparecer às urnas. “É nesse exercício do voto que as pessoas podem externar suas opiniões.”
Ao votar, Dilma estava acompanhada do governador gaúcho Tarso Genro (PT), que tenta a reeleição e vota na mesma seção eleitoral. Também acompanharam a presidente a candidata a vice de Tarso, Abgail Pereira (PCdoB), e o candidato derrotado ao Senado Olívio Dutra (PT). Ao todo, a presidente passou cerca de 15 minutos na escola.
Na saída do local, Dilma foi saudada por eleitores petistas que agitaram bandeiras. Dilma viajou para a capital gaúcha no sábado, onde participou do seu último evento de campanha: uma carreata pelo centro de Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar (PM gaúcha), cerca de 8.000 pessoas compareceram ao evento. Pouco antes, a presidente falou com a imprensa e disse que sua candidatura é alvo de um “processo golpístico”. O discurso de Dilma reflete a tática petista para tentar desqualificar as informações reveladas por VEJA em sua mais recente edição. Em reportagem de capa, VEJA revela que o doleiro Alberto Youssef, um dos pivôs de um megaesquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a políticos e partidos desvendado pela Operação Lava Jato, afirmou em delação premiada à Polícia Federal que Dilma e Lula tinham conhecimento do assalto aos cofres da Petrobras.
Na manhã deste domingo, Dilma seguiu praticamente o mesmo roteiro do primeiro turno. Pouco depois de votar, ela tomou café da manhã com Tarso e correligionários em um hotel do centro de Porto Alegre e depois seguiu para a sua seção eleitoral.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado, o apoio de Dilma a Tarso não deve surtir efeito. O governador petista deve ser derrotado pelo candidato José Ivo Sartori (PMDB). Pelo levantamento, Sartori tem 60% das intenções de votos válidos, contra 40% de Tarso. O resultado deve impor uma das derrotas mais duras para o PT no segundo turno. Sartori deve votar em Caxias do Sul, no norte do Estado, e voltar para Porto Alegre à tarde para acompanhar a apuração.
Na votação para presidente, a situação também não é tão confortável para Dilma no Estado. No primeiro turno, a presidente ficou na liderança, levando 43,21% dos votos. Neste segundo turno, as pesquisas apontam empate técnico com Aécio. Pelo último levantamento, ela aparece com 51% dos votos, contra 49% de Aécio. Ao deixar a escola, Dilma seguiu para o aeroporto de Porto Alegre, de onde partiu para Brasília, onde vai acompanhar a apuração.
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