No Ceará, os primeiros dez dias de janeiro já adiantam o trabalho que o Governo do Estado terá pela frente no combate à criminalidade. A polícia continua operação para cobrar melhorias salariais, facções criminosas na iminência de um conflito, homicídios em alta: 11 a cada 24 horas. No ano passado, a média foi de 9,3.
Para A Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ASPRAMECE), o Governo falhou na missão de reduzir a violência.
“O crime organizado continua atuando dentro e fora dos presídios, porque lá dentro eles continuam praticando crimes, falando ao celular e consumindo drogas”, afirma o presidente da ASPRAMECE, Pedro Queiroz.
Para Pedro, a redução da violência passa pela valorização do profissional de segurança. “Como é que um policial vai ter o mesmo padrão de vida de um criminoso, dividindo o mesmo território? É preciso valorizar o profissional e dar a ele melhores condições de vida”, diz.
O coordenador de laboratório de estudos da violência avalia bem os resultados alcançados pelo programa Ceará Pacífico, mas acredita que é preciso ir além.
“É preciso perceber que segurança pública passa pela educação, por melhores condições de vida e acessos às políticas públicas”, explica César Barreira.
Diante de novos e antigos desafios da pasta, o Governo do Estado nomeou na última sexta-feira (06), o novo secretário de Segurança Pública: André Santos Costa, que é delegado da Polícia Federal. Para César Barreira, o perfil do novo gestor é mais adequado a realidade do Ceará.
“Ele parece ser uma pessoa de maior diálogo e a gente espera mesmo que ele dialogue com quem estuda a violência no nosso estado”.
Fonte: Cnews
Social Plugin