O número de presos que excedem a capacidade dos presídios cearenses caiu 32% entre os anos de 2015 e 2017, de acordo com o Raio-X do Sistema Prisional no Brasil.
Ainda assim, o número de presos no estado excede em 69% o número de vagas: são 12.043 vagas nas unidades prisionais, que comportam atualmente 20.159 presos (69% de excesso).Em 2015, eram 10.611 vagas e 22.480 pessoas privadas de liberdade, uma das maiores superlotações de todo o Brasil. O excedente caiu de 11.869 para 8.116 (31,62%). Com os dados mais recentes, 18 dos 27 estados e Distrito Federal têm situações piores que a do Ceará, com destaque para Pernambuco (lotação de 17%) e Amazonas (229%).
"A Sejus ampliou o uso de tornozeleiras eletrônicas, tendo um crescimento de mais de 200% no número de equipamentos utilizados de 2014 para os dias de hoje. Além disso, foi implantado, em agosto de 2015, o projeto audiência de custódia que reduz a entrada de internos no sistema penitenciário", diz a pasta, em nota.De acordo com a Secretaria da Justiça do Ceará, que administra os presídios, afirma que trabalha nos dois últimos anos "em busca de alternativas ao encarceramento e na tentativa de redução da superpopulação carcerária".
Os dados também vão na contramão do que ocorreu no país. Entre 2015 e 2017 a superlotação aumentou de 65,8% para 69,2% nos presídios de todo o Brasil. Em 2016, no país, foram efetivadas 52 mil prisões. Já no Ceará, de acordo com o ex-secretário da Segurança Delci Teixeira, em 2015 e 2016 foram presas 16 mil pessoas, das quais 15 mil foram soltas por decisão da Justiça.
Radar da Zona Norte/G1 CE
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