De acordo com o economista e consultor da Aprece, André Carvalho, o segundo semestre do ano, em geral, é o mais desafiador para os prefeitos. Contudo, neste ano, o apoio do governo federal não veio como o esperado e, por isso, há mais dificuldades que nos últimos anos para efetuar os pagamentos.
Queda de repasses
Outro fator que corrobora para a perspectiva pouco animadora do economista e consultor é a queda na arrecadação com os Fundos de estímulo. "Temos o principal recurso para os municípios, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), com queda de 4% nominal. Há expectativa de queda de 9% também no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). E as principais despesas, de folha de pagamento, são guiadas por salário mínimo. Vemos isso se agravando mais, vindo de uma sequência de seis anos", disse.
"Já há atraso na maioria dos municípios e a tendência, pela dificuldade, é que se complique mais, que tenha atrasos. A tendência é essa, não chegando mais recursos para os municípios, a ajuda do governo, que trazia R$ 200 milhões para o Ceará, para poder emergencialmente honrar minimamente esses compromissos, pelo menos, na parte de pessoal. É um extra que estará na pauta de pedidos dos municípios, que vão a Brasília novamente", afirmou, relembrando que no último mês de outubro, vários prefeitos ligados à Aprece trataram de temas ligados às dificuldades econômicas no geral, em evento.
(DN)
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