O ano de 2018 começou mal para a Segurança Pública no Ceará. Depois de amargar um recorde de assassinatos, em 2017, com exatos 5.144 homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, janeiro apresentou, em seus primeiros dias, uma média de 19 CVLIs/dia, enquanto no ano passado esse índice ficou em 14. Certo que ainda é prematuro para qualquer avaliação, mas é fato que a matança produzida pela guerra entre as facções criminosas parece estar longe do fim ou, ao menos, de uma trégua ao Estado.
Nos primeiros 10 dias de 2018, 196 pessoas foram assassinadas no Ceará, sendo os crimes distribuídos da seguinte forma: Capital 65 assassinatos, Região Metropolitana de Fortaleza 54, Interior Norte 36 e Interior Sul 41 crimes. Constata-se de pronto que a guerra das facções é mais concentrada em Fortaleza. A periferia da cidade é palco diário de execuções sumárias e de crimes praticados com requintes de selvageria. Para os assassinos, não basta matar, tem que esquartejar, decapitar ou incendiar os corpo de suas vítimas. Assim, a nossa “barbárie do dia a dia" prossegue a pleno vapor, desafiando o Estado e o governo e se tornando um poder paralelo.
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