Os motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as suas atividades, na manhã de ontem, nos terminais do Conjunto Ceará e Siqueira. Os protestos foram contra a morte do colega João Batista Queiroz Silva, 21, baleado na noite de sexta-feira.
No Conjunto Ceará, cerca de 300 profissionais foram para o enterro da vítima, que ocorreu durante a manhã. Nesse mesmo local, também houve uma paralisação na noite do último dia 12, prolongando-se por todo o dia seguinte, retornando apenas à meia-noite deste domingo, até a nova interrupção, que teve início às 6h30.
Os protestos no Terminal do Siqueira foram realizados somente na manhã de ontem. Os coletivos pararam de circular às 8h30 e, uma hora depois, voltaram ao trabalho.
De acordo com presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Transporte Público (Sintro), Domingo Neto, existe a possibilidade de a categoria entrar em greve geral devido à insegurança. "Muitos trabalhadores estão pedindo para sair do emprego porque não aguentam mais. Outros acabam tendo problemas psicológicos. Algo precisa ser feito rapidamente".
Ele acrescentou que, hoje, a diretoria do sindicato vai se reunir com os seus advogados para saber quais os caminhos a serem seguidos para incluir o Ministério Público do Ceará (MP-CE) no caso. "Temos que envolver o MP-CE para que a questão seja resolvida", explicou.
Protestos
Neto ressaltou que não devem ser realizadas novas paralisações hoje, pois os trabalhadores e o Sintro acreditam que a mensagem para o poder público já foi passada.
A reportagem tentou contato com a assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), mas as ligações não foram atendidas.
Fonte: Diário do Nordeste | Foto: Alex Costa
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