De acordo com a polícia, a operação vai identificar a conduta de integrantes de uma organização criminosa voltada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal (empréstimos fraudulentos).
O grupo criminoso é formado por empregados públicos da Caixa Econômica Federal, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como sócios “laranjas” de empresas de fachadas criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos mesmos.
As investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, o grupo ocupava-se da elaboração da documentação falsa para instruir os pedidos de empréstimos. Posteriormente os servidores envolvidos manipulavam o processo de concessão, ignorando normas básicas de segurança, bem como se furtando do dever de verificar a documentação necessária, inclusive inserindo dados falsos nos sistemas corporativos da Caixa. Aprovada a concessão dos empréstimos, os valores eram sacados em espécie ou transferidos para terceiros (pessoas físicas e jurídicas), quando não eram destinados a maquiar a dívida originária, viabilizando a obtenção de novos empréstimos em quantias ainda mais elevadas.
As fraudes causaram um prejuízo à Caixa Econômica Federal superior ao montante de R$ 3 milhões. As medidas judiciais cumpridas objetivam colher mais indícios sobre a participação de cada um dos membros da organização criminosa, bem como rastrear e recuperar o dano causado ao erário.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupção ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O nome “Operação Marco Zero” é referente à cidade de Marco/CE, onde foram concedidos os empréstimos fraudulentos.
Fonte: Cnews
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