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| Foto: Diário do Nordeste |
Saiba quais bairros lideram os riscos
Com ou sem chuva, bairros de todas as regiões de Fortaleza do Centro às periferias convivem historicamente com riscos de alagamentos, desabamentos, inundações e outros incidentes monitorados pela Defesa Civil. Entre 2012 e julho de 2025, a capital registrou quase 23 mil ocorrências, concentradas sobretudo entre fevereiro e abril, período da quadra chuvosa. Parte desses eventos se repete ano após ano em áreas periféricas; outra parte, em regiões centrais da cidade.As informações integram o Observatório de Riscos Climáticos, lançado pela Prefeitura de Fortaleza e apresentado pelo prefeito Evandro Leitão na COP 30, em Belém. A plataforma reúne dados sobre dois grandes grupos de riscos:Hidrológicos: alagamentos, deslizamentos, inundações e ameaças relacionadas;
Tecnológicos: desabamentos, explosões, incêndios, solapamentos e situações similares.
Entre todas as notificações, o risco de desabamento é o mais frequente: foram 14.568 registros desde 2012. Somente em 2025, até julho, houve 926 ocorrências. O ano de 2019 marcou o pico da série histórica, com 2.391 notificações período em que o desabamento do Edifício Andrea, no Dionísio Torres, expôs o problema da falta de inspeção predial.
Onde o risco tecnológico mais se concentra
Áreas centrais, como Centro, Jacarecanga e Barra do Ceará, estão entre as mais afetadas por ocorrências tecnológicas um total de mais de 18 mil registros desde 2012. O Centro é o líder absoluto, com mais de mil casos; em seguida, estão Barra do Ceará (527), Aldeota (469), Meireles (460) e Vicente Pinzón (422).
Em 2025, considerando os sete primeiros meses, o ranking das 1.104 notificações é:
Centro -72
Passaré – 34
Aldeota – 32
Meireles – 28
Messejana – 25
Segundo Haroldo Gondim, coordenador da Defesa Civil, cerca de 70% das ocorrências têm relação com edificações. No Centro, o número elevado se explica pelas construções antigas, muitas vezes adaptadas para comércio e sujeitas a problemas elétricos, fiações irregulares e danos estruturais.
Na Aldeota, por outro lado, o grande volume de notificações aponta para um comportamento preventivo de condomínios que realizam inspeções e manutenção com mais frequência.
Gondim reforça que a inspeção predial é a principal ferramenta de prevenção e deve ser tratada como medida essencial à segurança urbana.
Onde a chuva provoca mais danos
Nas periferias, bairros como Barroso, Jangurussu e Genibaú concentram os maiores riscos hidrológicos. Nos quase 14 anos analisados, o Barroso registrou 217 ocorrências do tipo, seguido pelo Jangurussu (189), Genibaú (148), Quintino Cunha (141) e Passaré (134).
Somente em 2025, até julho, foram 287 registros de alagamentos e deslizamentos:
Passaré – 34
Aldeota – 32
Meireles – 28
Messejana – 25
Segundo Haroldo Gondim, coordenador da Defesa Civil, cerca de 70% das ocorrências têm relação com edificações. No Centro, o número elevado se explica pelas construções antigas, muitas vezes adaptadas para comércio e sujeitas a problemas elétricos, fiações irregulares e danos estruturais.
Na Aldeota, por outro lado, o grande volume de notificações aponta para um comportamento preventivo de condomínios que realizam inspeções e manutenção com mais frequência.
Gondim reforça que a inspeção predial é a principal ferramenta de prevenção e deve ser tratada como medida essencial à segurança urbana.
Onde a chuva provoca mais danos
Nas periferias, bairros como Barroso, Jangurussu e Genibaú concentram os maiores riscos hidrológicos. Nos quase 14 anos analisados, o Barroso registrou 217 ocorrências do tipo, seguido pelo Jangurussu (189), Genibaú (148), Quintino Cunha (141) e Passaré (134).
Somente em 2025, até julho, foram 287 registros de alagamentos e deslizamentos:
Passaré – 45
Jangurussu – 24
Barroso -19
Conjunto Palmeiras -14
Mondubim -13
A presença dos rios Cocó e Maranguapinho, além de seus canais, somada ao crescimento urbano desordenado e à ocupação de áreas de risco como margens de rios e lagoas secas intensifica os problemas. “Se a ocupação continuar, os alagamentos também continuarão”, alerta Gondim.
Monitoramento para prever riscos
O Observatório de Riscos Climáticos pretende servir como base para ações preventivas. Com 10 estações meteorológicas espalhadas pela cidade, será possível acompanhar a cada dez minutos o índice pluviométrico por região e antecipar pontos suscetíveis a alagamentos.
O coordenador da Defesa Civil destaca que eventos climáticos súbitos podem afetar bairros inteiros. Por isso, o monitoramento em tempo real é vital para decisões rápidas e elaboração de planos de contingência.
A plataforma, gerida pelo Ipplan com financiamento da Bloomberg Philanthropies, também permite identificar ilhas de calor, que são mais intensas em áreas vulneráveis e com pouca vegetação como o Pirambu.
O presidente do Ipplan, Artur Bruno, afirma que o sistema dará ao Município “argumentos e dados concretos” para criar novas áreas verdes, parques e microparques, além de orientar políticas do Plano Diretor, que inclui diretrizes de meio ambiente e resiliência urbana.
Para a Defesa Civil, o próximo passo é ampliar o número de estações e entender como as ilhas de calor variam em diferentes perfis de área, considerando edificações, altura e relevo.
“Fortaleza, mesmo no litoral, já sente impactos do aumento global de temperatura”, reforça Gondim
Fonte: Diário do Nordeste
Jangurussu – 24
Barroso -19
Conjunto Palmeiras -14
Mondubim -13
A presença dos rios Cocó e Maranguapinho, além de seus canais, somada ao crescimento urbano desordenado e à ocupação de áreas de risco como margens de rios e lagoas secas intensifica os problemas. “Se a ocupação continuar, os alagamentos também continuarão”, alerta Gondim.
Monitoramento para prever riscos
O Observatório de Riscos Climáticos pretende servir como base para ações preventivas. Com 10 estações meteorológicas espalhadas pela cidade, será possível acompanhar a cada dez minutos o índice pluviométrico por região e antecipar pontos suscetíveis a alagamentos.
O coordenador da Defesa Civil destaca que eventos climáticos súbitos podem afetar bairros inteiros. Por isso, o monitoramento em tempo real é vital para decisões rápidas e elaboração de planos de contingência.
A plataforma, gerida pelo Ipplan com financiamento da Bloomberg Philanthropies, também permite identificar ilhas de calor, que são mais intensas em áreas vulneráveis e com pouca vegetação como o Pirambu.
O presidente do Ipplan, Artur Bruno, afirma que o sistema dará ao Município “argumentos e dados concretos” para criar novas áreas verdes, parques e microparques, além de orientar políticas do Plano Diretor, que inclui diretrizes de meio ambiente e resiliência urbana.
Para a Defesa Civil, o próximo passo é ampliar o número de estações e entender como as ilhas de calor variam em diferentes perfis de área, considerando edificações, altura e relevo.
“Fortaleza, mesmo no litoral, já sente impactos do aumento global de temperatura”, reforça Gondim
Fonte: Diário do Nordeste

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